Portugal tem uma média de 3066 horas de sol por ano. Destas, 1300 a 1500 são horas nas quais podemos tirar o máximo rendimento de sistemas solares instalados.
Vivemos num país abençoado com grande exposição solar, e só uma pequena parte do nosso mix energético é composto por energia solar.
De acordo com a APREN,
Portugal conta apenas com uma potência instalada, de energia solar fotovoltaica, de 1777 MW, de entre os cerca de 22000 MW necessários para sustentar o país,
uma percentagem inferior a 9%.
Mas como tem vindo a evoluir a tecnologia solar fotovoltaica e o que tem sido feito para promover o crescimento destas soluções no mercado?
Os módulos solares fotovoltaicos mais recentes do mercado são feitos de células monocristalinas, mais eficientes na conversão da radiação solar em corrente elétrica. Isto possibilita a instalação de maiores potências em menor espaço. Além de mais eficientes, os coletores de fabrico europeu comercializados em grande escala pela Macolis, integram várias tecnologias aliadas a um design inteligente, que permitem rentabilizar ao máximo cada célula fotovoltaica.
A tecnologia “Half Cut” consiste em ter o coletor dividido ao meio, reduzindo a probabilidade de ficar inoperacional, mesmo com sombreamento parcial do coletor.
Por sua vez, é também maximizada a área de célula fotovoltaica por m2 de coletor. Os coletores são também desenhados para serem mais leves e fáceis de empilhar, simplificando o transporte e armazenamento.
A gama de inversores disponíveis através da Macolis, vem dotada de elevada conectividade, permitindo fazer uma eficaz gestão de energia, com monitorização de produção e consumo na habitação, cruzando dados e mostrando-os ao utilizador, na forma de gráficos e diagramas em aplicações móveis ou portais online. Os inversores utilizados nos sistemas fotovoltaicos, sejam eles inversores para ligação à rede elétrica, ou inversores híbridos para conversão e armazenamento de energia elétrica em baterias, são equipamentos com alta eficiência de conversão e muito elevada fiabilidade e durabilidade. É comum vermos eficiências superiores a 98%! Os inversores atuais são também cada vez mais permissivos no que toca aos seus limites de operação. A acumulação de energia em baterias é uma forma de armazenamento energético eficiente, prático, simples de adaptar em qualquer instalação e que mantém a qualidade da energia. As baterias de lítio de alta tensão, permitem armazenar muita energia, em pouco espaço e com muito poucas perdas de energia. Estas têm uma duração média de 10 anos, o que começa a ser viável mesmo para instalações domésticas.
Torna-se claro que a tecnologia dos sistemas fotovoltaicos é uma tecnologia madura, com elevadíssimos períodos de garantia de funcionamento e de desempenho.
Com o crescente aumento dos custos energéticos, o recurso aos sistemas de produção de energia para autoconsumo, de forma descentralizada, ganha nova relevância e importância estratégica. A regulamentação do setor e os apoios financeiros para a aquisição e instalação destes sistemas, são uma prioridade política nacional e internacional.
O Decreto-Lei 15/2022, de 14 de janeiro surge para simplificar, desburocratizar e tornar mais cativante a produção descentralizada de energia elétrica, a partir de fontes de energia renovável. Este documento estabelece normas para a instalação e comunicação de pequenas produções de energia elétrica e impõe que, para potências entre 700W e 30 kW, deve haver uma comunicação prévia (MCP) à direção geral de energia e geologia (DGEG). Acima deste valor, as instalações ficam sujeitas a registo prévio e a certificado de exploração. A obrigatoriedade destes registos é essencial ao bom funcionamento da rede pois, para que o gestor tenha um conhecimento exato da localização dos locais de produção, de forma a poder reforçar linhas, melhorar a gestão da tensão disponível em cada local e facilitar e distribuição a cada ponto de consumo.
Com o panorama legal vigente, é também possível fazer a venda dos excedentes de energia produzida, ou seja, toda a energia não autoconsumida, pode ser vendida a um comercializador de energia, tornando o mercado liberalizado de energia, acessível mesmo aos pequenos produtores. Programas de incentivo, como o Programa Edifícios + Sustentáveis II, do Fundo Ambiental, e a própria redução do IVA à qual são taxados os equipamentos e sistemas para produção de energia de fonte renovável, têm vindo a dar um importante impulso para o crescimento e disseminação desta energia limpa pelos telhados do nosso país.